Marina
Silva e correligionários acompanham sessão do TSE que indeferiu
registro do novo partido. Ex-senadora define hoje rumo político
Brasília – A ex-senadora Marina Silva disse que vai
anunciar hoje (4), em entrevista coletiva à imprensa, se vai concorrer
às eleições do ano que vem por outra legenda. Ela deu a declaração logo
após ter conhecido a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que
na noite de ontem negou registro ao partido Rede Sustentabilidade, do
qual é fundadora. Os ministros entenderam que a legenda não conseguiu o
mínimo de 492 mil assinaturas de apoiadores exigido pela Justiça
Eleitoral.
Sobre concorrer às eleições por outro partido, Marina disse que não
discutiu um plano alternativo para disputar o pleito, porém, a
decisão será anunciada hoje. "Eu tenho um plano A e continuo no plano
A. O plano A é a Rede Sustentabilidade e ela continua como projeto
político", concluiu.
Após o julgamento, Marina Silva disse que ter se decepcionado com a
decisão do TSE, porque entende que a corte reconheceu que seu partido
preencheu os demais requisitos da Justiça Eleitoral. "O mais importante é
que nós obtivemos a declaração de todos os ministros de que temos os
requisitos mais importantes para ser um partido político. Eles disseram
que nós temos um programa e representação social. O registro é só uma
questão de tempo˜, declarou.
Pedido negado
A sessão do TSE que negou registro ao partido Rede Sustentabilidade,
foi encerrada na noite de ontem. Por votos a 6 votos a 1, os ministros
entenderam que a legenda não conseguiu o mínimo de 492 mil assinaturas
de apoiadores exigido pela Justiça Eleitoral. Com a decisão, o partido
não poderá participar das eleições do ano que vem. O prazo final para
registro de partidos termina sábado (5).
Os ministros João Otávio de Noronha, Henrique Neves, Luciana Lóssio,
Marco Aurélio e a presidenta da Corte, Cármen Lúcia, seguiram o voto da
relatora do processo, ministra Laurita Vaz. A relatora entendeu que
não é possível validar no TSE as 95 mil assinaturas que foram
invalidadas pelos cartórios eleitorais.
Gilmar Mendes foi o único voto a favor da concessão do registro ao
partido. O ministro disse que alguns cartórios eleitorais não fizeram o
trabalho adequado na validação das assinaturas. Mendes defendeu a
informatização do processo de coleta das assinaturas para evitar os
problemas com a invalidação de assinaturas sem justificativas."Estamos
em um dos mais modernos dos tribunais, que tem a urna eletrônica.
Estamos contando uma história que nos enche de constrangimento. Vamos
atualizar a Justiça Eleitoral", declarou.
A presidenta do TSE rebateu as críticas à Justiça Eleitoral feitas
pelo ministro Gilmar Mendes. Cármen Lúcia disse que não vota com
constrangimento e defendeu o trabalho dos servidores. "Os cartórios têm
dado testemunho de trabalho, que autuaram com a rapidez necessária. Se
houve pendência, não foi pela inércia. Acredito no trabalho dos
servidores da Justiça Eleitoral", ressaltou.
Fonte:redebrasilatual
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