Scotland Yard inicia operação para examinar cerca de 3 mil telefones usados na época do desaparecimento da menina britânica.
Madeleine, em foto tirada na época do desaparecimento (Foto: PA) |
Registros de telefone celular podem ser a chave para a solução do caso Madeleine McCann, afirmam detetives da Scotland Yard, a polícia metropolitana de Londres.
A britânica Madeleine desapareceu durante férias com a família na Praia da Luz, no Algarve (sul de Portugal), em 2007. Ela tinha, então, 3 anos de idade.
A polícia está analisando os dados de milhares de telefones
pertencentes a moradores do local na época. Há 41 potenciais suspeitos,
dizem eles.
Madeleine desapareceu poucos dias antes de seu quarto aniversário, quando estava no apartamento de férias de sua família.
O detetive-chefe Andy Redwood, que está conduzindo o inquérito, disse
que os policiais examinam uma 'quantidade substancial de dados' a partir
de telefones celulares supostamente pertencentes a pessoas que estavam
no balneário de Praia de Luz, nos dias imediatamente antes, durante e
depois do desaparecimento de Madeleine.
A polícia está tentando identificar o proprietário de cada telefone
para construir um mapa de quem exatamente estava na área. Mais de 3.000
pessoas vivem na Praia de Luz, embora turistas e trabalhadores sazonais
visitem vindos de países em todo o mundo.
'Esta não é apenas uma espécie de rede de arrastão', disse Redwood.
'É uma ação focada para ver se descobrimos o que aconteceu a Madeleine McCann naquela época.'
Redwood acrescentou que os policiais foram até agora incapazes de
atribuir um 'grande número' de números de celulares a seus donos, e
admitiu que era difícil fazê-lo com telefones pré-pagos comprados há
seis anos.
'Linha do tempo'
Os registros também contêm informações sobre quais foram os números de telefone discados e quando as chamadas foram feitas. Acredita-se que alguns números de telefone possam aparecer em sistemas de inteligência da polícia ou ser ligado a criminosos.
'Podemos verificar o que o telefone está fazendo, mas não podemos ver
as mensagens de texto', disse o detetive. 'Isso mostra uma linha do
tempo das ligações.'
Segundo a Scotland Yard, os registros telefônicos haviam sido
'observados' durante a investigação policial Português inicial, mas não
em detalhe.
O detetive lembrou que não havia imagens de circuito interno de câmeras
de TV - prova que é muitas vezes usada para ajudar a resolver dúvidas
sobre pessoas desaparecidas na Grã-Bretanha.
A Scotland Yard anunciou em julho que iniciaria uma nova investigação
sobre o desaparecimento de Madeleine - depois de passar dois anos
analisando o caso, sob o codinome de Operação Grange.
Na época do anúncio, os detetives disseram que havia 38 'pessoas de
interesse' de cinco países diferentes - Portugal, Grã-Bretanha e outros
três que não foram nomeados.
A polícia disse que o número aumentou para 41, dos quais 15 eram cidadãos britânicos. Ninguém foi preso.
Fonte:G1
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