São Paulo – No início da noite de hoje (9), o Comitê
de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgará a decisão
de sua penúltima reunião de 2013, e não deverá surpreender: as apostas
concentram-se em nova elevação da taxa básica de juros, de 9% para 9,50%
ao ano. Seria a quinta alta seguida, fixando a Selic no nível mais alto
desde março de 2012 (9,75%) – apenas seis meses atrás, estava no menor
nível histórico (7,25%). Entre esses 2,5 pontos percentuais, o governo e
a autoridade monetária foram pressionados por um suposto “descontrole”
da inflação.
Na reunião de agosto, quando a taxa passou de 8,50%
para 9%, o Copom afirmou que a decisão contribuiria “para colocar a
inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo
ano”. O IPCA subiu em agosto e setembro, mas os índices ficaram abaixo
de iguais meses de 2012. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses,
conforme anunciado hoje pelo IBGE, ficou abaixo de 6% pela primeira vez
no ano – nos três últimos meses, o IPCA acumulado foi de 6,70% para
5,86%. Um resultado que deve ter provocado comemorações moderadas no
Planalto.
Durante seis meses, de outubro do ano passado e abril
deste ano, a Selic manteve-se em 7,25%. As altas da inflação, entre
outros fatores, causaram uma sequência de quatro elevações na taxa
básica. O BC segue de olho. Hoje, o IBGE creditou o IPCA maior de agosto
para setembro, em parte, ao impacto indireto do dólar nos preços ao
consumidor, caso do trigo e das rações para animais, que resultaram em
aumento do pão francês e de carnes. O câmbio agora está em R$ 2,20, caiu
7% em setembro, mas está acima do que há um ano (R$ 2,03).
Enquanto isso, a atividade econômica segue em
zigue-zague. A produção industrial subiu 2,1% em junho, caiu 2,4% em
julho e não saiu do lugar em agosto. O mercado de trabalho segue
exibindo indicadores positivos, ainda que em ritmo menos intenso. E no
horizonte começa a aparecer o efeito ano eleitoral.
Fonte:redebrasilatual
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