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25 de maio de 2013

"Velozes e Furiosos 6": as grandes perseguições retornam à série

"Velozes e Furiosos 6": as grandes perseguições retornam à série

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Han, Tej, Gisele, Toretto e O'Conner: de volta à ativa

Esqueça o que se entende por trama factível no cinema. A ação de "Velozes e Furiosos 6" envereda para dois lados distintos, mas que se comunicam. O filme tem muita testosterona, carros rápidos e perseguições. Ao mesmo tempo, se desdobra em um sem número de subtramas e quebras de roteiro, com voltas previsíveis e cenas bem ruins. É o seu dilema enquanto produto cultural. Mas quando tratado como diversão irresponsável, e o faz com todos os méritos, a franquia furiosa cresce em tamanho e significado com essa sexta parte. O ciclo começado no primeiro agora faz parte de um todo, e se detém em manter Toretto e O`Conner sempre à vontade nos papéis de condutores da história. Os eventos da série, com o elenco original, fazem parte de uma ordem.
Depois de arrasarem o Rio de Janeiro em um golpe que envolveu US$ 100 milhões, Toretto (Vin Diesel), O`Conner (Paul Walker), Mia (Jordana Brewster), Roman (Tyrese Gibson), Han (Sung Kang), Gisele (Gal Gadot) e Tej (Ludacris) vivem como criminosos aposentados, apesar da gana em voltar para a labuta. É quando Hobbs (The Rock) aparece com uma missão: capturar um ex-militar britânico altamente treinado, e de quebra resolver o mistério que envolve Letty (Michelle Rodriguez).
O pano de fundo é Londres, onde Owen Shaw (Luke Evans) lidera um grupo de criminosos atrás de componentes que valem bilhões. Hobbs, Toretto e companhia entram de sola na cola de Shaw, e investigam seu poderio de destruição como mais conhecem: provocam, investigam ligações nos becos da cidade e correm. E o fazem com carros muito rápidos, e a todo instante. 
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Vai encarar?




"Velozes e Furiosos 6" tem a ação ininterrupta que vem da cultura da série Bourne, e devolve ao projeto o seu mote inicial: diversas batalhas travadas nas ruas, seja na mão ou no câmbio. Não importam câmeras, transeuntes ou a cidade; explosões, carros voando, tiros, armadilhas e muita velocidade tomam conta do filme. As cenas são de tirar o fôlego, enfeitadas com a qualidade do diretor Justin Lin em manter o pulso das corridas com muita música, energia e drifts. 

O diretor trabalha desde o terceiro filme na retomada da série e parece ter encontrado o tom ideal nas perseguições. Ilógicas e completamente ficcionais, mais parecem cenas retiradas dos games "GTA" e "Need For Speed". É o que os fãs buscam. Cortes rápidos, curvas, trocas de marcha e vistas panorâmicas realçam o impacto inicial da série. 
Mas quem manda e desmanda como criador tático de todos os eventos do filme é o próprio Toretto. Vin Diesel imprime ao personagem cada vez mais seu lado explosivo e sentimental, e que soa familiar para os fãs dessa geração. As frases são prontas para a entonação de voz que pratica. A marra percorre os altos e baixos que fluem com a história e o comando das cenas mais difíceis são dele. É a válvula de escape que norteia a emoção sem deixar de lado seu papel de herói da contravenção.
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Letty é a grande motivação de Toretto em toda a trama
Mas apesar de todas as qualidades cinematográficas da trama, e até do panorama criado para fazer a ponte entre o quinto e o sétimo (já confirmado), essa sexta parte se prolonga por situações quer tiram do espectador o papel de crítico participativo. Processo semelhante ao de "Salve Jorge", de Gloria Perez. 
A "razão" da equipe para aceitar a missão é o "perdão internacional" pelo roubo do Rio, que é um detalhe irrelevante para os integrantes do grupo, que estão em todas as partes do mundo o tempo todo. Tampouco o desenrolar da trama do vilão, Owen Shaw. Era impossível achá-lo até Toretto simplesmente chegar a Londres. E boom. Além da maior pista de pouso de toda a história do cinema.
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Shaw com um dos seus brinquedinhos pelas ruas de Londres
"Velozes e Furiosos 6" faz boas piadas com Roman e debocha do Brasil com bastante personalidade. The Rock interpreta o mesmo policial com liberdade para destruir o mundo e viajar no tempo. E o resto do time tem os seus momentos, mas só. Em uma série que já rendeu quase US$ 1,7 bilhões em todo o mundo, a fórmula é a última coisa com a qual os produtores vão se preocupar.
Enquanto carros roncarem, mulheres dançarem e baterem e os hip-hops do momento estourarem, a impressão é de que a série tem vida longa. Com Toretto em plena forma.
Veja o trailer:

Fonte:POP

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