Após ser aprovada por unanimidade na Câmara na terça-feira, dia 3, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que põe fim ao voto secreto no Congresso pode ser alterada antes de ser analisada no Senado. Parte dos parlamentares não querem que o voto seja aberto para vetos presidenciais e escolha de autoridades do Executivo e Judiciário, pondo fim ao sigilo apenas nos casos de cassação de mandato.
"Provavelmente haverá emenda para que a votação secreta de autoridades e vetos permaneça no Legislativo. Isso previne o parlamentar e permite votar contra o próprio governo", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a aprovação do texto na Câmara foi uma "manobra política". Autor de um projeto que prevê o fim do voto secreto para perda de mandato nas situações de falta de decoro e de condenação criminal, o tucano crê que as discussões que a matéria irá suscitar no Senado devem atrasar o fim da aprovação definitiva do projeto. “Se há uma proposta já apresentada e aprovada no Senado (...) por que colocá-la em segundo plano e aprovar uma proposta que terá que passar pelo Senado, e que não obterá consenso no Senado?”, questionou.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), viabilizou ontem a aprovação da medida, parada há sete anos, sem acordo com o Senado. A ação foi organizada para minimizar o desgaste causado pela votação secreta que manteve o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), preso desde o dia 28 de junho após ser condenado a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha.Fonte:Pop
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