Agentes, escrivães e papiloscopistas também se preparam para suspender as atividades nos dias 25 e 26.
Na última sexta (7), servidores da Polícia Federal também protestaram contra más condições de trabalho
São Paulo – Agentes, escrivães e
papiloscopistas da Polícia Federal irão suspender as atividades nesta
terça-feira (11). Os profissionais, que representam cerca de 80% da PF,
vão organizar manifestações diante das unidades da instituição, para
denunciar o que consideram más condições de trabalho. Eles ameaçam
realizar greve nos próximos dias 25 e 26.
Entre as principais reivindicações, estão a reestruturação da
carreira e definição das atribuições dos agentes. "É uma situação
urgente, a Polícia Federal não tem atribuição de fazer segurança para
delegações estrangeiras, por exemplo, e precisamos resolver isso antes
da Copa do Mundo. Mas queremos que todas as atividades estejam em lei
para visualizarem a complexidade da nossa profissão”, disse o
vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef),
Luis Boudens.
A entidade afirma ainda que os funcionários estão há sete anos
sem reajuste. “Em 2002, os nossos salários estavam no mesmo patamar dos
auditores da Receita Federal e hoje ganhamos metade do que eles recebem.
O governo nos colocou em um patamar abaixo do que deveríamos estar”,
disse Boudens. A federação afirma que o órgão tem sofrido "um boicote
oficial" do governo e acredita que isso ocorre por "uma espécie de
castigo" pelas operações anticorrupção da PF, como a do chamado
mensalão.
Segundo pesquisa de 2013 divulgada pela Fenapef, 90% dos
policiais sentem-se subaproveitados na corporação, 70% consideram ter a
saúde afetada com o trabalho e 30% admitem tomar medicamento controlado,
passando por tratamento psicológico e/ou psiquiátricos. "Precisamos
parar e mostrar para toda a sociedade que a Polícia Federal está na UTI.
O governo tem de retomar as linhas de negociação", diz Boudens.
A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça e
representantes do governo informaram que não se manifestam sobre
movimento grevista ou paralisações.
Fonte:RedeBrasilAtual
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