Membros artificiais e ossos impressos em 3D não são mais novidade no
mundo moderno. Agora, no que depender de um grupo de pesquisas
britânico, o próximo passo é a criação de sangue “artificial”, criado a
partir de células tronco, que poderia ser usado em transfusões de forma
segura.
A Wellcome Trust está bancando um projeto de 5 milhões de libras (R$
18,5 milhões), liderado pelo pesquisador Marc Turner que tem este
objetivo. O grupo diz já ter conseguido criar células sanguíneas
adequadas para transfusões, mas ainda é necessário testá-las mais
profundamente para afirmar o futuro da técnica.
Em contato com o The Telegraph,
Turner descreve a técnica, que usa células-tronco pluripotentes
induzidas (iPS), que são células retiradas do corpo humano e
“rebobinadas” para um estado de célula-tronco. Em seguida são usadas
condições bioquímicas semelhantes à do organismo para recriar e induzir
as células iPS a se tornarem glóbulos vermelhos do tipo sanguíneo “O”.
Os primeiros testes estão planejados para o fim de 2016 ou início de
2017. Estas células deverão ser utilizadas no tratamento de três
pacientes com talassemia, doença que requer transfusões constantes. Em
seguida, o comportamento destas células serão monitoradas para
avaliação.
Turner diz que não é a primeira vez que uma pesquisa do tipo é
conduzida, mas “é a primeira vez que sangue produzido artificialmente
tem padrões de qualidade e segurança adequados para transfusão em um ser
humano”. Ele reforça que as células são seguras e que há processos que
permitem a remoção.
A técnica também aponta para um futuro onde sangue do tipo “O”
poderia ser produzido sem limites em escala industrial, sem doenças, e
compatível com todos os pacientes. Entretanto, ampliar o processo de
produção seria um desafio grandíssimo. Turner diz que uma unidade de
sangue tem um trilhão de células vermelhas e só no Reino Unido 2 milhões
de unidades sanguíneas são usadas em transfusões anualmente.
Via The Telegraph
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