Se os rumores estiverem certos, o Google pode estar a caminho de
matar o projeto “Nexus” para começar outra iniciativa de hardware,
chamada “Android Silver”. Segundo o The Information, citando fontes
internas familiares com o assunto, a empresa deve deixar de oferecer um
aparelho com sua visão de experiência de usuário do Android para
oferecer um conjunto de dispositivos de alto desempenho que também terão
o sistema em sua versão pura.
Segundo a publicação, o plano do Google, diferente do que é feito com
o Nexus, é investir pesadamente em publicidade dos dispositivos,
distribuí-los por operadoras, e subsidiar seu custo para as fabricantes,
tornando-os mais baratos para o consumidor final. A companhia estaria
disposta a investir US$ 1 bilhão para atrair parceiras.
Com isso, o Google ganharia um controle maior sobre o software
distribuído nestes telefones, limpando os bloatwares (aplicativos
inúteis que vêm com os celulares), garantir atualizações mais rápidas,
confiáveis e constantes e oferecer uma experiência Android consistente
entre vários aparelhos.
Pela descrição, a empresa parece mesclar o “Nexus” com os aparelhos
“Google Play Edition”, que são aparelhos de alto desempenho, como o
Galaxy S5 e o HTC One, que ganham uma versão pura do Android e são
vendidos na loja online da empresa.
LG, parceira do Google nos Nexus 4 e 5, e Motorola, que ainda é parte
da empresa (a compra pela Lenovo leva tempo até ser concluída) parecem
ser as primeiras candidatas a se unir ao projeto. Os primeiros aparelhos
devem ser lançados em 2015. Samsung, HTC e Sony ainda não parecem
convencidas, embora todas já tenham lançado aparelhos “Google Play
Edition”.
É fato, no entanto, que o Google está tentando reforçar a marca
Android, solicitando aos fabricantes que destaquem a frase “Powered By
Android” na animação de boot dos dispositivos de alto desempenho, como o
Galaxy S5 e o HTC One M8.
A publicação cita também que o Android Silver deve mirar os mercados
dos países desenvolvidos primeiro, como Estados Unidos e, possivelmente,
a Europa. Não há informações sobre o Brasil.
Fonte: The Verge e The Information
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