Por anos os canhotos foram considerados um tipo de aberração. Muitas
religiões os chamavam de “filhos da besta” e, nas escolas, o braço
esquerdo das crianças canhotas era amarrado durante as aulas para que
aprendessem a escrever com a mão direita. Mas, com passar do tempo, o
misticismo acabou e essas pessoas deixaram de ser vistas como uma ameaça
para a sociedade. Acontece,
no entanto, que o mistério que envolve os canhotos não acabou junto com
o preconceito.
Cientistas admitem, até hoje, que não sabem ao certo o
que faz das pessoas destras ou não.Segundo
eles, dados mostram que até 90% da população mundial tem a mão direita
como preferencial. Nos animais, entretanto, a média é de 50% para cada
lado (destros e canhotos), especialmente em casos de a cães, gatos e
chimpanzés.
Um das teorias consideradas para explicar porque há mais pessoas destras
que canhotas no mundo é a diferença cerebral entre elas. Segundo os
estudiosos, há uma disparidade anatômica e funcional no cérebro das
pessoas que usam mais a mão esquerda. No entanto, eles suspeitam que
essa alteração seja mais um resultado da preferência do que sua causa
propriamente dita. Além
dos fatores genéticos e hereditários, há cientistas que ainda atribuem
essa escolha de lados ao meio em que a pessoa nasceu. Eles explicam que
muito do que já aconteceu com os canhotos na história pode refletir
agora na predominância de pessoas destras.
Apesar
da confusão na busca por respostas conclusivas, neurologistas explicam
que se as pessoas não tivessem uma preferência natural por um dos lados,
o problema seria ainda maior. Conforme eles, o tempo de alfabetização,
de forma geral, poderia ser prolongado até que todos descobrissem se são
canhotos ou destros ou até que aprendessem a escrever com as duas mãos.
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