Eu li os três livros e poderia dizer que foi apenas para entender o
fenômeno e vir aqui contar para vocês, mas não foi. Como eu já disse
aqui - Sadomasoquismo em "50 Tons de Cinza" - o livro me ganhou com sua leitura fácil e conto de fadas.
Sim, conto de fadas. A história nada mais é do que uma garota
insegura que conhece um cara incrível que se apaixona por ela. Com essa
paixão ela consegue se entender, conhecer e aceitar melhor, o que a
torna segura e ainda mais atraente para ela mesma, pra ele e para o
mundo.
É claro que na internet rolam milhões de gracinhas sobre o enredo,
querendo dizer que a garota se apaixona porque o cara é rico — o que não
faz o mínimo sentido, já que o livro foi baseado na trilogia de
Crepúsculo, que relata uma história de amor entre vampiro e humana e o
pano de fundo é, como sempre nas histórias de vampiro, uma metáfora
sobre virgindade.
E aí quando você vai lendo os outros livros nota que é apenas amor.
Ela não quer a grana, a fama, o sexo violento e incrível — apesar de
aceitá-lo numa boa, como qualquer uma faria -, ela quer mesmo é o amor, é
se sentir amada, querida, indispensável.
E não é isso o que a gente mais quer quando se apaixona? A gente quer
sentir que a outra pessoa sente o mesmo, que compartilha nossos planos e
sonhos, que estará ao nosso lado não importa o que aconteça. E, é
claro, a gente também quer sexo. O bom e velho sexo.
Um trecho da obra que comprova o que estou dizendo é esse, em
Anastasia, no meio da transa, pensa assim: "É tão erótico - a
necessidade que ele tem de mim". Entendeu? É muito mais sobre amor do
que sobre sexo.
E é por ser sobre amor que ganhou tantas pessoas. É claro que o sexo
ajuda, mas ele é parte do amor, por que não deveria estar presente? O
sadomasoquismo, bondage e afins nem é tão forte, é tudo coisa que os
casais podem fazer em casa e as ideias são ótimas para apimentar o
relacionamento.
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