No Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Pará contabiliza 13.998
casos da doença, no período entre 1980 e junho deste ano, segundo dados
do Boletim Epidemiológico de DST e Aids do Ministério da Saúde. Destes,
1.465 foram notificados ao longo do ano passado e 673 no primeiro
semestre de 2012, o que corresponde a cerca de quatro casos por dia.
O Estado contabiliza a incidência de 19,1 casos a cada grupo de cem
mil habitantes, a 12ª taxa entre todas as unidades federativas. O
resultado corresponde a uma pequena redução em relação aos dados
divulgados no ano passado, quando o levantamento apontou a taxa de 19,4
casos para um grupo de cem mil habitantes.
A média é inferior ao indicador nacional, que registrou 20,2 casos de
Aids a cada cem mil habitantes, correspondente a 656.701 pessoas
infectadas com o vírus (no ano anterior a taxa era de 19,6). Os Estados
da região Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, são responsáveis pela
maior incidência da doença, com índices de 40,2 e 36,4,
respectivamente. Na outra ponta, o Estado do Acre surge com o menor
indicador do País: 9,6.
Já Belém figura na lista das cinco capitais brasileiras com a maior
incidência de casos de Aids, com o indicador de 40,8 pessoas
diagnosticadas com a doença, em cada grupo de cem mil moradores. À
frente da capital paraense estão Porto Alegre, com taxa de 95,3;
Florianópolis, com 71,6; Manaus, com 48,6; e Rio de Janeiro, com 41.
Apesar de figurar nas primeiras posições, Belém também apresentou
redução na taxa de novos casos. No fim do ano de 2010, a marca belenense
era de 41,7.
Considerando somente os municípios nortistas, a capital do Pará surge
na terceira posição, sendo superada pelas taxas registradas em Manaus
(48,6) e no município rondoniense de Vilhena (46,2). Ainda aparecem na
lista de alta incidência de casos de Aids, os municípios paraenses:
Paragominas (34,2), Ananindeua (33,5), Tucuruí (29,3), Castanhal (29),
Marituba (27,1), Bragança (27), Benevides (26,5), Redenção (26,1) e
Marabá (23). Em todo o País, o recorde foi registrado na cidade gaúcha
de Alvorada, com indicador de 97,7 novos registros.
Mortes - Em relação ao
número de óbitos relacionados à doença, o Pará já contabilizou 4.700
vítimas, desde 1980. E os números tem se mostrado crescentes ao longo
desse período. No fim de 2011, foram registradas 505 mortes, o que
corresponde a 16 casos a mais da marca indicada no ano anterior. Nesse
período, a taxa de mortes pela doença cresceu de 6,6 para 6,7 a cada cem
mil habitantes paraenses. No início da década, essa marca no Estado era
de 2,9.
Em todo o País, o número de óbitos notificados nesses 31 anos foi
253.706. Mas ao contrário do Pará, a taxa de mortes decorrentes da
doença tem oscilado negativamente ano a ano. No ano passado, a média a
cada cem mil, foi mais de um ponto inferior ao registro paraense: 5,6.
Já no ano antecedente, o indicador apontou 6,7. No topo dos casos de
mortes, aparecem o Rio Grande do Sul (11,1) e Roraima (7,7), enquanto o
Rio Grande do Norte, tem o menor registro (2,8).
O boletim ainda revela que dos 13.998 casos de Aids notificados no
Estado do Pará, 673 deles foram identificados em crianças com menos de
cinco anos de idade, sendo 22 deles notificados ainda nesse ano. No ano
passado, foram 42 notificações, que implicou em uma taxa de 5,6,
superior a nacional que registrou 5,4. No entanto, a marca paraense é
inferior a apontada em 2010, que revelou a média de 6,4, correspondente a
47 casos novos.
Fonte: O Liberal
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