Terminou sem acordo a primeira rodada de negociações entre trabalhadores e empresários de TI em São Paulo, ocorrida na segunda-feira, 20. Agora uma nova conversa foi marcada para quinta-feira, 23, às 14h30.
Enquanto os primeiros pediam aumento salarial de 10,09%, ouviram que o reajuste seria de, no máximo, 5,65%. Outro ponto recusado foi aumentar o vale-refeição diário a R$ 20 para jornadas de oito horas e R$ 15 para períodos inferiores, o sindicato patronal ofereceu um aumento real, elevando o valor de R$ 12 para R$ 13.
Diante das recusas, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd), Antoio Neto, preferiu não prosseguir. "Não vamos aceitar um acordo que não amplie os direitos e benefícios dos profissionais da categoria e melhore suas condições de trabalho", afirmou.
“É inadmissível que, ante a um crescimento 5% superior ao crescimento do PIB, os empresários do segmento apresentem um reajuste que praticamente se iguala à inflação. Que não queiram repassar aos trabalhadores parte da expansão do setor que vem acontecendo ano a ano”, completou Neto.
Segundo ele, apenas cinco das 19 cláusulas em análise foram respondidas, dentre as quais a que obriga empresas com mais de 35 funcionários a abrir a negociação sobre participação de lucros (antes era a partir de 40).
O Sindpd também pediu aumento da estabilidade pós-férias, mas a proposta veio em contrário, reduzindo de 30 para 15 dias. “Nós queremos aumentar a estabilidade para que o profissional tenha segurança ao sair de férias. Essa diminuição seria um retrocesso à nossa Convenção Coletiva. Jamais aceitaremos reduzir benefícios já conquistados”, reiterou o presidente.
Fonte:OlharDigital
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