Em alguns casos mais graves, uso da câmara hiperbárica monopaciente é determinante para a eficácia da terapia.
Muitos pacientes sofrem por anos com
feridas que não cicatrizam ou infecções graves. Esses quadros podem ser
ocasionados por diferentes motivos, como: a diabetes, acidentes de
trânsito, queimaduras e complicações no pós-operatório. Para todos esses
casos, geralmente prolongados, existe uma solução rápida. É um
tratamento moderno, amplamente utilizado nos Estados Unidos, mas ainda
recente no Brasil: a oxigenoterapia hiperbárica.
Esse tratamento consiste na respiração de oxigênio puro (100%),
dentro de uma câmara especial e pressurizada. De acordo com o Dr.
Cláuber Laham, médico hiperbarista da clínica Oxicenter, de Sorocaba
(SP), na atmosfera, o ser humano respira oxigênio a uma proporção cinco
vezes menor e o aumento significativo deste percentual e da pressão
fazem com que a circulação sanguínea seja ativada e, consequentemente, o
processo de cicatrização.
Tipos de câmara
O tratamento pode ser realizado em dois tipos de câmaras. As
multipacientes permitem o tratamento simultâneo de muitas pessoas e são
pressurizadas com ar comprimido, enquanto o oxigênio é fornecido através
de máscaras ou capuzes. Já, as monopacientes, comportam apenas um
indivíduo e são comprimidas com oxigênio puro, o que permite a
administração deste gás ao paciente através da inalação do "ar" que
circula dentro da própria câmara, sem necessidade do emprego de máscaras
e capuzes.
A experiência mostra que os tratamentos realizados nas câmaras mono,
onde cada caso é tratado individualmente, o sucesso da terapia pode ser
ainda mais eficaz.
As câmaras monopacientes permitem ao médico ajustar fatores, como:
níveis e velocidade de pressurização, o que é determinante para o
tratamento de alguns casos particulares. Outros, inclusive, não podem
ser tratados em grupo.
Tratamento:
O procedimento da oxigenoterapia hiperbárica é utilizado em todo o
mundo e aprovado pelo Conselho Federal de Medicina, desde 1995. A grande
novidade é que, desde 2010, o tratamento foi incluído pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no rol de procedimentos com
cobertura obrigatória por todos os planos de saúde para algumas
patologias, como é o caso do pé diabético.
Pacientes de todas as idades podem fazer o tratamento, que é indicado
para problemas que vão, desde feridas de difícil cicatrização
ocasionadas por acidentes, passando por fístulas e deiscências (abertura
de feridas operatórias) até infecções graves de pele (erisipela),
infecção nos ossos, lesões após radioterapia e queimaduras graves. As
sessões duram até duas horas na câmara especial e pressurizada.
De acordo com Dr. Cláuber, o paciente não deve sentir nenhum
desconforto durante o tratamento. “Ele pode ficar assistindo à TV ou
DVD, ouvindo música ou, até mesmo, falando ao interfone com a enfermeira
que o auxilia durante toda a sessão”.
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