São Paulo – Os rolezinhos foram um dos temas de
reunião do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), com o secretário
municipal da Promoção da Igualdade Racial, Netinho de Paula, na tarde
de ontem (16), na sede da prefeitura. Segundo o secretário, ele relatou a
Haddad as iniciativas de sua pasta em relação ao assunto. “Nos reunimos
com o Ministério Público [na terça-feira, 14] e criamos uma
força-tarefa para intermediar a relação dos shoppings centers com os
meninos”. No dia 22, haverá uma reunião da prefeitura e da secretaria
com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
De acordo com Netinho, a prefeitura conseguiu encontrar e detectar pela internet os garotos que mais convocam os atos. “E eles toparam ter uma conversa logo após nos reunirmos com os shoppings.” Para o secretário, “o que está em jogo é que a juventude da periferia descobriu que não precisa mais ficar restrita à periferia”.
Ele diz esperar dos shoppings centers “uma postura de entendimento”. “Proibir a juventude de fazer algo – e todos já foram jovens –, é aí que a juventude quer fazer. Proibir a entrada do jovem em bloco no shopping é um equívoco”, avalia. “Como a polícia age nas periferias a gente já sabe. Os índices mostram que são os jovens negros que são mortos, espancados, e isso continua. Mas a gente não espera das organizações de shoppings que eles chamem a polícia para fazer isso. Prefiro acreditar que eles não souberam lidar com a situação”, continuou.
O secretário caracteriza o fenômeno como "carregado de inocência. "Eu diria que esse é o mais genuíno e puro movimento de juventude no país nos últimos anos. Eles não estão lá para fazer quebra-quebra, para tumultuar. Nem imaginavam que iam reunir tanta gente."
Perguntado se considera que a reação dos comerciantes, da administração dos shoppings e de parcela significativa da classe média contra o fenômeno decorre de racismo ou ódio de classe, o secretário foi cauteloso. "Só vou ter uma opinião em relação a ser racista ou não dependendo da posição que os shoppings vão tomar nessa reunião que convocamos junto com o Ministério Público."
Netinho de Paula afirma não ter ainda uma interpretação definitiva a respeito dos rolezinhos e da repressão que vêm provocando. “É um fato social e fato social leva tempo para ser interpretado. A juventude quer sair da periferia e ter acesso à cidade, que é dela. E quando ela vai a um espaço em que se planejou para ir, é posta para fora e chamam a polícia.”
Para Netinho, não é a carência de lazer na periferia o que está motivando os rolezinhos. “Não é uma reclamação deles no momento”, garante. “A atual gestão tomou uma atitude de chamar a juventude para o diálogo, retomar os caminhos de comunicação com a juventude. O prefeito decidiu radicalizar na abertura dos espaços públicos pra que possam ser utilizados da melhor forma por todos”
Os rolezinhos surgiram espontaneamente como proposta de diversão, mas os encontros dos jovens ganharam caráter político depois das repressões violentas da Polícia Militar, após os centros comerciais conseguirem liminares na Justiça autorizando o impedimento das concentrações de jovens convocadas pelas redes sociais.
Fonte:RedeBrasilAtual
De acordo com Netinho, a prefeitura conseguiu encontrar e detectar pela internet os garotos que mais convocam os atos. “E eles toparam ter uma conversa logo após nos reunirmos com os shoppings.” Para o secretário, “o que está em jogo é que a juventude da periferia descobriu que não precisa mais ficar restrita à periferia”.
Ele diz esperar dos shoppings centers “uma postura de entendimento”. “Proibir a juventude de fazer algo – e todos já foram jovens –, é aí que a juventude quer fazer. Proibir a entrada do jovem em bloco no shopping é um equívoco”, avalia. “Como a polícia age nas periferias a gente já sabe. Os índices mostram que são os jovens negros que são mortos, espancados, e isso continua. Mas a gente não espera das organizações de shoppings que eles chamem a polícia para fazer isso. Prefiro acreditar que eles não souberam lidar com a situação”, continuou.
O secretário caracteriza o fenômeno como "carregado de inocência. "Eu diria que esse é o mais genuíno e puro movimento de juventude no país nos últimos anos. Eles não estão lá para fazer quebra-quebra, para tumultuar. Nem imaginavam que iam reunir tanta gente."
Perguntado se considera que a reação dos comerciantes, da administração dos shoppings e de parcela significativa da classe média contra o fenômeno decorre de racismo ou ódio de classe, o secretário foi cauteloso. "Só vou ter uma opinião em relação a ser racista ou não dependendo da posição que os shoppings vão tomar nessa reunião que convocamos junto com o Ministério Público."
Netinho de Paula afirma não ter ainda uma interpretação definitiva a respeito dos rolezinhos e da repressão que vêm provocando. “É um fato social e fato social leva tempo para ser interpretado. A juventude quer sair da periferia e ter acesso à cidade, que é dela. E quando ela vai a um espaço em que se planejou para ir, é posta para fora e chamam a polícia.”
Para Netinho, não é a carência de lazer na periferia o que está motivando os rolezinhos. “Não é uma reclamação deles no momento”, garante. “A atual gestão tomou uma atitude de chamar a juventude para o diálogo, retomar os caminhos de comunicação com a juventude. O prefeito decidiu radicalizar na abertura dos espaços públicos pra que possam ser utilizados da melhor forma por todos”
Os rolezinhos surgiram espontaneamente como proposta de diversão, mas os encontros dos jovens ganharam caráter político depois das repressões violentas da Polícia Militar, após os centros comerciais conseguirem liminares na Justiça autorizando o impedimento das concentrações de jovens convocadas pelas redes sociais.
Fonte:RedeBrasilAtual
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