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16 de janeiro de 2014

Tratamento hiperbárico: O que é e como funciona?

Em alguns casos mais graves, uso da câmara hiperbárica monopaciente é determinante para a eficácia da terapia.
Muitos pacientes sofrem por anos com feridas que não cicatrizam ou infecções graves. Esses quadros podem ser ocasionados por diferentes motivos, como: a diabetes, acidentes de trânsito, queimaduras e complicações no pós-operatório. Para todos esses casos, geralmente prolongados, existe uma solução rápida. É um tratamento moderno, amplamente utilizado nos Estados Unidos, mas ainda recente no Brasil: a oxigenoterapia hiperbárica.
Esse tratamento consiste na respiração de oxigênio puro (100%), dentro de uma câmara especial e pressurizada. De acordo com o Dr. Cláuber Laham, médico hiperbarista da clínica Oxicenter, de Sorocaba (SP), na atmosfera, o ser humano respira oxigênio a uma proporção cinco vezes menor e o aumento significativo deste percentual e da pressão fazem com que a circulação sanguínea seja ativada e, consequentemente, o processo de cicatrização.
Tipos de câmara
O tratamento pode ser realizado em dois tipos de câmaras. As multipacientes permitem o tratamento simultâneo de muitas pessoas e são pressurizadas com ar comprimido, enquanto o oxigênio é fornecido através de máscaras ou capuzes. Já, as monopacientes, comportam apenas um indivíduo e são comprimidas com oxigênio puro, o que permite a administração deste gás ao paciente através da inalação do "ar" que circula dentro da própria câmara, sem necessidade do emprego de máscaras e capuzes.
A experiência mostra que os tratamentos realizados nas câmaras mono, onde cada caso é tratado individualmente, o sucesso da terapia pode ser ainda mais eficaz.
As câmaras monopacientes permitem ao médico ajustar fatores, como: níveis e velocidade de pressurização, o que é determinante para o tratamento de alguns casos particulares. Outros, inclusive, não podem ser tratados em grupo.
Foto: Divulgação
Tratamento:
O procedimento da oxigenoterapia hiperbárica é utilizado em todo o mundo e aprovado pelo Conselho Federal de Medicina, desde 1995. A grande novidade é que, desde 2010, o tratamento foi incluído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no rol de procedimentos com cobertura obrigatória por todos os planos de saúde para algumas patologias, como é o caso do pé diabético.
Pacientes de todas as idades podem fazer o tratamento, que é indicado para problemas que vão, desde feridas de difícil cicatrização ocasionadas por acidentes, passando por fístulas e deiscências (abertura de feridas operatórias) até infecções graves de pele (erisipela), infecção nos ossos, lesões após radioterapia e queimaduras graves. As sessões duram até duas horas na câmara especial e pressurizada.
De acordo com Dr. Cláuber, o paciente não deve sentir nenhum desconforto durante o tratamento. “Ele pode ficar assistindo à TV ou DVD, ouvindo música ou, até mesmo, falando ao interfone com a enfermeira que o auxilia durante toda a sessão”.
Fonte:ORM

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