Apenas uma parte mínima do Fistel (Fundo de Fiscalização de
Telecomunicações) está investida no setor que o nomeia. Nos últimos
anos o fundo tem financiado despesas das mais diversas do governo;
salários, aposentadorias e até o Bolsa Família recebem mais dinheiro
dessa fonte que o setor de telecomunicações, de acordo com levantamento
da Folha de S.Paulo.
Em 2013 o Fistel arrecadou R$ 4,8 bilhões, graças à
cobrança de taxas aos representantes do mercado, mas menos de R$ 400
milhões foram utilizados pela Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações). Enquanto isso, R$ 849 milhões foram para benefícios
previdenciários urbanos e outros R$ 531 ficaram com o Bolsa Família.
Em dezembro o governo assinou decreto destinando R$ 220
milhões do fundo ao pagamento de pequenas dívidas com beneficiários do
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Embora soe estranho, o uso de recursos que deveriam
reforçar as telecomunicações por outras esferas da máquina pública não é
novidade e nem ilegal. Segundo a Folha, graças a uma alteração feita em
1997 na definição do destino das verbas do Fistel essa brecha é
possível.
Fonte:OlharDigital
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