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21 de agosto de 2013

Oposição síria denuncia morte de mais de 200 por armas químicas.


Imagem divulgada pelo Comitê Local de Arbeen mostra pacientes recebendo tratamento após um suposto ataque com gás venenoso
Foto: HOEP / AP
Imagem divulgada pelo Comitê Local de Arbeen mostra pacientes recebendo tratamento após um suposto ataque com gás venenoso HOEP / AP
AMÃ- A oposição síria acusou as forças do presidente Bashar al-Assad de lançar um ataque com armas químicas em distritos dominados pelos rebeldes perto de Damasco nesta quarta-feira. Segundo a denúncia, mais de 200 pessoas foram mortas e 70 ficaram feridas. Vários grupos rebeldes elevaram o número para mais de 600 mortos. A Liga Árabe ordenou os inspetores das Nações Unidas, que chegaram há três dias no país para investigar o uso de agentes químicos, a se dirigirem imediatamente à área supostamente atacada. Além disso, o Reino Unido anunciou que vai levar o assunto ao Conselho de Segurança.
Corpos de vítimas de massacre na região de Damasco são vistos nesta quarta-feira (21). Oposição denunciou uso de gás letal na região (Foto: Bassam Khabieh/Reuters)
Corpos de vítimas de massacre na região de Damasco são vistos nesta quarta-feira (21). Oposição denunciou uso de gás letal na região (Foto: Bassam Khabieh/Reuters)

Em um pronunciamento na TV estatal, o governo sírio negou o uso de armas químicas nos ataques contra os subúrbios de Damasco. A emissora citou uma fonte dizendo que havia “ausência de qualquer verdade” nos relatos e que a denúncia se destinava a distrair a equipe da ONU em visita ao país.

Ativistas relataram que foguetes com agentes químicos atingiram os subúrbios de Ain Tarma, Zamalka e Jobar na região de Ghouta. A enfermeira Bayan Baker afirmou que 213 pessoas morreram no ataque, de acordo com dados coletados em centros médicos na região. Segundo ela, muitas das vítimas eram mulheres e crianças.

- Eles chegaram com a pupila dilatada, membros frios e espuma na boca. Os médicos dizem que estes são sintomas típicos de vítimas de gás de nervos - disse a enfermeira.
Uma foto supostamente feita por ativistas mostrou os corpos de pelo menos 16 crianças e três adultos, um vestindo uniforme de combate, deitados no chão de uma sala em um centro médico, onde foram recolhidos os corpos.
Khaled Omar, do conselho local da oposição em Ain Tarma, relatou ter visto cerca de 80 corpos no Hospital Hajjah, em Ain Tarma, e em uma clínica improvisada em uma escola no distrito vizinho de Saqba.
- O ataque ocorreu em torno de 3h (21h de terça-feira em Brasília). A maioria dos mortos estava em suas casas - disse Omar.

Os Estados Unidos e os países europeus dizem ter fortes indícios de que o governo de Assad usou gás sarin no passado, o que Washington chamou de “linha vermelha” para justificar a ajuda militar internacional aos rebeldes. Autoridades sírias, no entanto, sempre negaram o uso de agentes químicos durante o conflito no país, que já entra em seu terceiro ano, e acusam os rebeldes de usá-las, que também rechaçam a acusação.
 Fonte:Oglobo

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