Há desencontros quanto a exata paternidade da Clepsidra.
Marco Vitrúvio Pólio, célebre arquiteto romano do século I ªC., atribui sua invenção ao mecânico Ctesibio ou Ctézibro.
Existe uma corrente que atribui a Platão, filósofo grego, esse
privilégio; como foi um emérito viajante, pode muito bem ter sido apenas
o portador desse invento. Por outro lado, chineses e egípcios também se
arrogam essa prerrogativa.
A única
realidade objetiva é a de que esse invento e seus derivados,
contribuíram exponencialmente para o aperfeiçoamento da medida do tempo.
Os astrônomos já não necessitavam da luz dos astros e benesses da mãe-natureza para as suas constantes e importantes mensurações.
A Clepsidra, em seu estágio mais aperfeiçoado, tinha como principio, a
manutenção da água em um pequeno reservatório, sendo o seu escoamento
controlado e calibrado pelo fluir através de um orifício na sua base,
para outro compartimento receptor do líquido.
No interior daquele reservatório, uma bóia atrelada a um ponteiro, a
medida que a água ia abaixando, servia de marcador de nível e,
consequentemente, das horas.
A escala ou mostrador prostava-se, no lado de fora, ao redor do reservatório.
Todavia, a preocupação dos astrônomos e outros cientistas não se
dissipou totalmente; os líquidos sofriam influencias, tais como:
temperatura, pressões atmosféricas, cristanilidade dos líquidos, etc,
que influíam na correta aferição do tempo.
No inverno, por exemplo, em países com temperaturas muito baixas, o líquido dos aparelhos, simplesmente congelavam, relegando as Clepsidras em objetos de adorno.
Com a introdução do mercúrio e do álcool, paliativos, diminuiu, um pouco, alguns inconvenientes.
Nesse ínterim, abrimos um parênteses para enaltecer-mos a figura de
Arquimedes, ilustre geômetra da Antigüidade, nascido em Siracusa por
volta de 287 e falecido em 212 ªC.
Dentre seus inúmeros feitos e invenções, a da roda dentada por volta de 250 ª.C, foi talvez a alavanca (*) propulsora para o desenvolvimento da mecânica e , principalmente, da evolução dos marcadores de tempo (relógios).
Após a descoberta da roda dentada e utilização das cremalheiras, as Clepsidras puderam ser mais aperfeiçoadas.
Por volta de 100 ªC, como aperfeiçoador e não inventor da Clepsidra,
entra o mecânico de Alexandria, Ctesibio que apresentou, pela primeira
vez, esse mecanismo com sistema de cremalheira e roda dentada conectada a
um só ponteiro, que girando sob o seu eixo, fazia aparecer um
mostrador, as horas decorridas.
O principio propulsor era praticamente o mesmo das Clepsidras primitivas.
O líquido que fluía do reservatório superior, enchia um reservatório
em nível inferior que ia deslocando para cima, através de uma bóia; a
cremalheira, por sua vez, fazia girar a roda dentada do ponteiro das
horas.
(*) trocadilho em homenagem, também, ao descobridor da alavanca. Ficou celebre a sua frase:
“DAÍ-ME UMA ALAVANCA E UM PONTO DE APOIO QUE EU MOVEREI O MUNDO”
Fonte:Vocesabia
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