Manifestação no Rio promove o debate sobre a violência policial no Rio e reivindica novas políticas de segurança pública |
Rio de Janeiro – A Divisão de Homicídios da Polícia
Civil fluminense encaminhou, na noite de ontem (1º), ao Ministério
Público do Rio, a conclusão do inquérito sobre o desaparecimento do
ajudante de pedreiro Amarido de Souza, de 47 anos. Ele sumiu no dia 14
de julho depois de ser levado para a sede da Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP) da Rocinha.
O documento indicia dez policiais militares lotados à época na UPP ,
entre eles, o ex-comandante da unidade, major Edson dos Santos. Todos
vão responder pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de
cadáver. O promotor de Justiça, Homero de Freitas, encarregado do caso,
disse que vai oferecer denúncia contra os acusados nos próximos dias.
O advogado da família de Amarildo, João Tancredo, disse que, ao tomar
conhecimento da conclusão do inquérito, ligou para Bete, mulher de
Amarildo, e declarou que não esperava resultado diferente. Segundo ele,
Amarildo foi levado para a sede da UPP, onde foi torturado e morto. "Os
policiais que prenderam Amarildo disseram que depois de ouvi-lo o
liberaram para ir para casa na noite de 14 de julho. Inclusive, o major
Edson disse que cumprimentou Amarildo e entregou os documentos a ele".
O advogado João Tancredo explicou que se Amarildo tivesse ido para
casa, pelo caminho apontado pelos militares, que leva à localidade
conhecida como Dioneia, a câmera instalada 10 metros à frente teria
registrado a presença do ajudante de pedreiro descendo as escadarias em
direção à casa onde morava, e, de acordo com o advogado, não há imagens
da vítima deixando a UPP. "Outras duas câmeras de segurança estavam
desligadas ou queimadas, mas essa de acesso à Dioneia e a outra
instalada no portão vermelho estavam funcionando e não mostram Amarildo
deixando a unidade", disse.
Fonte:redebrasilatual
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