Ao lado de Horacio Cartes, presidenta saudou volta do país ao Mercosul e falou em integração regional da Patagônia ao Caribe.
Chefes de Estado de Brasil e Paraguai destacaram vontade de ambos os países de construir amplas parcerias |
São Paulo – O aprofundamento das relações
bilaterais, com o desenvolvimento de políticas públicas em parceria, foi
o tema principal da entrevista coletiva concedida hoje (30) pela
presidenta Dilma Rousseff e o colega paraguaio Horacio Cartes, em
Brasília. No discurso antes do almoço no Palácio do Planalto, a
presidenta ressaltou a disposição de Cartes em superar a miséria em seu
país.
“Estou feliz com seu compromisso de combate à pobreza como fator de
integração entre os dois países”, afirmou Dilma. Segundo ela, “o Brasil
vai procurar colocar de forma sistemática a tecnologia dos programas
Bolsa Família e Brasil sem Miséria” à disposição do país vizinho. Na
visão da presidenta existe convergência de compromisso entre os governos
dos dois países no combate às desigualdades sociais.
Dilma ressaltou a disposição de o Brasil intensificar as relações com
o Paraguai em várias áreas – social, econômica, energética e cultural.
Ela citou a construção da linha de transmissão entre a usina de Itaipu e
a subestação de Villa Hayes, na Grande Assunção, como simbólica da
parceria entre os dois países.
A ponte na fronteira, que vai ligar Foz do Iguaçu à cidade de
Presidente Franco, do lado paraguaio, é outra obra citada pelos dois
presidentes. As obras devem começar em novembro e serão financiadas pelo
Brasil. O presidente Horacio Cartes demonstra otimismo. “Já estou
pensando na quarta e na quinta ponte”, declarou. Dilma disse que a nova
ponte vai ajudar as exportações do país vizinho.
Além de negócios e parcerias, os dois discutiram a volta do Paraguai
ao Mercosul, do qual foi suspenso após a deposição do presidente
Fernando Lugo, em junho de 2012.
“Consideramos que a participação tem um significado muito importante
nesse momento, e consideramos também que seremos capazes, no Mercosul,
de integrar da Patagônia ao Caribe, de tornar a região um tecido
multilateral muito mais forte”, preconizou Dilma. “Seremos capazes de
estar à altura do desafio que é construir, implementar a integração e a
cooperação entre nossos países.”
Cartes mencionou os brasiguaios como exemplo da importância das
relações entre os dois povos e disse que muito da agricultura de seu
país é devida ao trabalho dessas pessoas.
Esta foi a terceira reunião realizada entre os dois chefes de Estado
desde 15 de agosto, quando Cartes tomou posse, com um discurso de
identificação com os governos de esquerda da América do Sul, jurando
combate à pobreza e luta pela democracia.
O novo presidente paraguaio pertence ao partido Colorado, que ficou
60 anos no poder e manteve a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).
Empresário, é um dos homens mais ricos do Paraguai.
Fonte: redebrasilatual
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