Dados da Organização Mundial de
Saúde mostram ainda que mais de 600 mil pessoas morrem anualmente por
consequência de Hepatite B; hepatites virais podem causar inflamação
crônica no órgão, cirrose ou mesmo câncer.
Outubro de 2013 – Segundo a Organização Mundial de Saúde,
mais de 240 milhões de pessoas no mundo são acometidas por hepatite
crônica, que é a inflamação crônica no fígado. Ainda segundo a OMS, mais
de 600 mil pessoas morrem todos os anos em consequência da Hepatite B.
Segundo o Ministério da Saúde, foram notificados no Brasil, entre 1999 e
2011, 138.305 casos de hepatite B. Como só apresenta sintomas em
estágio avançado, o número de notificações é uma fração do total de
pessoas infectadas.
A vacina que protege contra a hepatite B
passou a ser oferecida pelo SUS, desde 2013, a todas as pessoas com
menos de 50 anos de idade.
“A Hepatite B pode trazer consequências
graves às pessoas e a vacina é segura e eficaz. Por isso, a extensão da
vacinação de Hepatite B para os adultos de até 49 anos, feita
recentemente pelo Governo, é muito bem-vinda”, explica a Dra Sumire
Sakabe, infectologista do Hospital 9 de Julho, ao afirmar que o esquema
de vacinação para Hepatite B consiste em três doses.
Não é qualquer exame de sangue que
identifica o vírus. “Muitas pessoas vão ao consultório afirmando que
fizeram outros exames, como o hemograma completo, e achavam que não
tinham outras doenças, mas as hepatites, assim como outras doenças
infecciosas, exigem um exame específico para serem diagnosticadas”,
alerta.
A especialista lembra que ter sido
vacinado não é desculpa para manter relações sexuais desprotegidas ou
compartilhar objetos de uso pessoal como cortadores de cutícula e
lâminas de barbear. “Há outros tipos de hepatite, como a causada pelo
vírus C, para o qual não há vacina, além de uma série de outras doenças
que podem ser transmitidas dessa maneira”, reforça a Dra Sumire.
Quando o vírus não é neutralizado pelas
próprias defesas do corpo, há um processo inflamatório no fígado que
pode se cronificar. Os tratamentos para as hepatites B e C são
disponíveis, mas além de longos e não isentos de efeitos colaterais, não
asseguram 100% de cura. A médica lembra que a prevenção é, sem dúvida, a
melhor opção já que esta doença é grave, silenciosa até estágios
avançados, e pode levar a morte.
Fonte:melhoramirga
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