Federação visita hospitais públicos de urgência em Belém.
'O Pronto Socorro da 14 de Março é o mais complicado de todos. Está
sem condições de funcionar'. Essa foi a definição que o presidente da
Fenam (Federação Nacional dos Médicos), Geraldo Ferreira Filho, utilizou
para falar sobre a precariedade do hospital municipal em visita técnica
do Conselho Deliberativo da Fenam, ocorrido na manhã desta quarta-feira
(21), em Belém. O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência de
Ananindeua também foi alvo do Conselho nas visitas aos hospitais de
urgência e emergência da Região Metropolitana de Belém.
'As visitas fazem parte da reunião do Conselho Deliberativo da Fenam
para ver de perto a realidade nos hospitais de urgência e emergência das
cidades. O objetivo é levantar os problemas e conhecer de perto a
realidade dos médicos nesses lugares também,' explicou Geraldo Ferreira,
ressaltando que 53 sindicatos médicos estão filiados a Fenam em todo o
Brasil. O Conselho viaja por todo o país realizando essas visitas
técnicas, principalmente nos hospitais de urgência e emergência, que
segundo Geraldo, são os mais problemáticos. 'É preciso ressaltar que
essa realidade não acontece somente nos hospitais de urgência e
emergência dos país, no atendimento básico à saúde a situação deve ser
igual ou pior', afirma Geraldo. 
As visitas técnicas no Pronto Socorro Municipal da 14 de Março e no
Hospital Metropolitano aconteceram durante todo dia de ontem (21). A
comissão foi formada por representantes do Sindmepa (Sindicato dos
Médicos do Pará) e da Fenam. No PSM da 14 de Março, a comissão encontrou
o muitos problemas. Segundo Geraldo, no local o raio-x funciona perto
de uma parede infiltrada e os pacientes são colocados em macas para
esperar leitos. Além disso, também há problema na distribuição de
alimentação para os pacientes e os trabalhadores da saúde também estão
desmotivados. 'A situação dele é precária, não há mais como funcionar
naquele espaço. É lógico que já passou por reformas, mas não aguenta
mais. O cenário é muito ruim lá dentro. Também tiramos fotos da sala de
repouso dos médicos que não oferece nenhum conforto para quem está de
plantão', denuncia.
No Hospital Metropolitano, segundo Geraldo, a situação não é tão
diferente. No dia da visita, a comissão observou que o hospital estava
com 198 leitos, sendo que havia 280 pacientes para internação. 'Havia
muita gente pelos corredores e nas salas de observação que foram
transformadas em CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Isso não pode
existir, desqualifica o atendimento', destaca. O presidente da Fenam vai
mais além sobre a situação. 'Isso representa uma agressão à cidadania e
aos direitos das pessoas. É praticamente uma situação de tortura o que
fazem com os pacientes', disse. 
Para Waldir Cardos, presidente do Sindmepa, a situação no Metropolitano é
reflexo da privatização no hospital, que é gerenciado por uma empresa
privada. 'A gestão deveria ser pública e não de uma empresa que só visa o
lucro. Entregar um hospital desses para inciativa privada é totalmente
errado. É uma verdadeira desumanização no atendimento', ressalta.
Durante a visita ao hospital, a diretora técnica do Metropolitano,
Socorro Sarquis, também mostrou aos representantes do Sindmepa e Fenam
que a realidade do hospital não é diferente de outros hospitais do país.
'O Hospital Metropolitano sofre com a sobrecarga das urgências por
causa das fragmentações da rede de assistência. Ficamos satisfeitos com a
visita, pois é importante que as entidades conheçam a nossa realidade e
criem planos e estratégias para melhor atender os usuários do hospital.
Mostramos a eles toda a área de urgência, incluindo UTIs, bloco
cirúrgico, PA, Centro de Tratamento de Queimados, Pediatria e Clínica
Ortopédica 1', finalizou. A Fenam deve criar um relatório sobre as
visitas e enviar ao Ministério Público do Trabalho e a Secretaria dos
Direitos Humanos da Presidência da República. O caso também deve ser
denunciado em breve para a imprensa internacional. As visitas técnicas
também já aconteceram nas cidades de Natal, Cuiabá e Rio de Janeiro.
Mais de 50 representantes de sindicatos médicos de todo o Brasil
participam, em Belém, da reunião do Conselho Deliberativo da Fenam, que
acontece até sexta-feira (23), na sede do Sindmepa. A ideia é elaborar
as pautas de reivindicações da categoria para o ano que vem e discutir
as problemáticas no atendimento médico.
O Portal ORM já entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e aguarda um posicionamento sobre o PSM da 14 de Março.
As visitas técnicas no Pronto Socorro Municipal da 14 de Março e no
Hospital Metropolitano aconteceram durante todo dia de ontem (21). A
comissão foi formada por representantes do Sindmepa (Sindicato dos
Médicos do Pará) e da Fenam. No PSM da 14 de Março, a comissão encontrou
o muitos problemas. Segundo Geraldo, no local o raio-x funciona perto
de uma parede infiltrada e os pacientes são colocados em macas para
esperar leitos. Além disso, também há problema na distribuição de
alimentação para os pacientes e os trabalhadores da saúde também estão
desmotivados. 'A situação dele é precária, não há mais como funcionar
naquele espaço. É lógico que já passou por reformas, mas não aguenta
mais. O cenário é muito ruim lá dentro. Também tiramos fotos da sala de
repouso dos médicos que não oferece nenhum conforto para quem está de
plantão', denuncia.
No Hospital Metropolitano, segundo Geraldo, a situação não é tão
diferente. No dia da visita, a comissão observou que o hospital estava
com 198 leitos, sendo que havia 280 pacientes para internação. 'Havia
muita gente pelos corredores e nas salas de observação que foram
transformadas em CTI (Centro de Tratamento Intensivo). Isso não pode
existir, desqualifica o atendimento', destaca. O presidente da Fenam vai
mais além sobre a situação. 'Isso representa uma agressão à cidadania e
aos direitos das pessoas. É praticamente uma situação de tortura o que
fazem com os pacientes', disse. Para Waldir Cardos, presidente do Sindmepa, a situação no Metropolitano é
reflexo da privatização no hospital, que é gerenciado por uma empresa
privada. 'A gestão deveria ser pública e não de uma empresa que só visa o
lucro. Entregar um hospital desses para inciativa privada é totalmente
errado. É uma verdadeira desumanização no atendimento', ressalta.
Durante a visita ao hospital, a diretora técnica do Metropolitano,
Socorro Sarquis, também mostrou aos representantes do Sindmepa e Fenam
que a realidade do hospital não é diferente de outros hospitais do país.
'O Hospital Metropolitano sofre com a sobrecarga das urgências por
causa das fragmentações da rede de assistência. Ficamos satisfeitos com a
visita, pois é importante que as entidades conheçam a nossa realidade e
criem planos e estratégias para melhor atender os usuários do hospital.
Mostramos a eles toda a área de urgência, incluindo UTIs, bloco
cirúrgico, PA, Centro de Tratamento de Queimados, Pediatria e Clínica
Ortopédica 1', finalizou. A Fenam deve criar um relatório sobre as
visitas e enviar ao Ministério Público do Trabalho e a Secretaria dos
Direitos Humanos da Presidência da República. O caso também deve ser
denunciado em breve para a imprensa internacional. As visitas técnicas
também já aconteceram nas cidades de Natal, Cuiabá e Rio de Janeiro.
Mais de 50 representantes de sindicatos médicos de todo o Brasil
participam, em Belém, da reunião do Conselho Deliberativo da Fenam, que
acontece até sexta-feira (23), na sede do Sindmepa. A ideia é elaborar
as pautas de reivindicações da categoria para o ano que vem e discutir
as problemáticas no atendimento médico.
O Portal ORM já entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e aguarda um posicionamento sobre o PSM da 14 de Março.
Texto e fotos: Bruno Magno (Portal ORM)
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