Basicamente, o que difere a fertilização da inseminação é a maneira como os óvulos são fecundados. A inseminação artificial
consiste em injetar espermatozoides diretamente no útero da mulher e
então fecundar o óvulo e gerar o feto. Para potencializar as chances de
isso acontecer, a paciente toma uma medicação à base de hormônios, como o
HCG, que estimula a ovulação. O sêmen do parceiro é colhido em
laboratório e os espermatozoides com maior mobilidade, que têm mais
potencial de criar bebês, são separados e injetados no útero. Aí é só
torcer para a gravidez vingar.
Já a fertilização in
vitro é um procedimento mais complexo. Ela é indicada quando as tubas
uterinas, canais que ligam os ovários ao útero, originalmente chamados
trompas de falópio, são obstruídas, impedindo a fertilização natural. O tratamento começa com injeções diárias à base dos hormônios usados no procedimento da inseminação.
Depois, o médico realiza o ultrassom transvaginal, em que um pequeno
bastão envolto com camisinha e gel lubrificante é introduzido na vagina.
Ele extrai entre 1 e 3 óvulos, que vão para o laboratório. Lá, ficam em
uma estufa com 100 mil espermatozoides (uma mixaria, já que a
ejaculação normal tem de 40 a 100 milhões de células reprodutivas).
Depois de 24 horas, um espermatozoide fecunda um óvulo e bingo: temos um
bebê a caminho. Mas nem sempre a técnica funciona: 40% das tentativas
dão certo (o que é muito: a taxa de fertilização dos humanos é de 15 a 20%). Só então o embrião é transferido para o útero, onde irá se desenvolver.
O passo a passo do novo bebê
A fertilização é mais complicada, mas tem mais chances de dar certo
Fertilização in vitro
- Em todo o mundo, a OMS estima que existam 3 milhões de bebês de
proveta (feitos em laboratório). A técnica foi criada em 1978 pelo
embriologista britânico Robert Edwards, que em 2010 recebeu o prêmio
Nobel de medicina.
- Os espermatozoides e os óvulos ficam em uma estufa que simula o ambiente interno de uma tuba uterina, onde ocorre a fertilização na gravidez normal.
- Em outra técnica de fertilização,
um aparelho injeta um espermatozoide em cada um dos 8 a 12 óvulos
normalmente usados. Só então o embrião é transferido para o útero. A
prática é indicada quando o homem tem uma quantidade muito baixa de
espermatozoides.
Inseminação artificial
- O tratamento é indicado principalmente quando o espermatozoide não alcança o útero naturalmente devido à baixa mobilidade.
- Os médicos acompanham a paciente fazendo uma ultrassonografia
transvaginal a cada 3 dias. Quando um ou mais folículos (estrutura que
abriga o óvulo) passam de 18 mm de diâmetro, é hora de estimular a
ovulação.
- 5 milhões: é o número mínimo de espermatozoides necessários para serem injetados no útero. A chance de gravidez é de cerca de 15% - menor do que a in vitro, que fica em torno de 40%.
Fontes Flávio
Garcia de Oliveira, ginecologista e diretor da clínica de fertilidade
FGO. Luis Fernando Dale, ginecologista da Sociedade Brasileira de
Reprodução Humana. Paulo Gallo, especialista em reprodução assistida e
diretor médico do Vida - Centro de Fertilidade da Rede D'Or.
Fonte:clic+
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