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3 de outubro de 2013

CUT e OAB condenam violência usada contra professores pela PM do Rio.

Ordem afirma que docentes não merecem apanhar em praça pública por reivindicar melhores condições de trabalho e central diz que modelo de segurança não acompanha evolução do país.
PM do Rio
Protesto em frente à Câmara Municipal durante votação do plano de carreira dos profissionais da educação
São Paulo – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestaram hoje (2) repúdio à violenta ação empregada pela polícia do estado do Rio de Janeiro para reprimir os protestos dos professores da rede pública, ontem e segunda-feira no Rio de Janeiro, em frente à Câmara de Vereadores. A categoria está em campanha por valorização dos magistério.
Em nota assinada pelos presidentes nacional e estadual, Vagner Freitas e Darby de Lemos Igayara, e pelo secretário-geral da central, Sérgio Nobre, a CUT, afirma apoiar a greve dos profissionais da educação e presta solidariedade à categoria que tem cerceado seu direito à defesa de melhores condições de trabalho.

“A violência exacerbada e abusiva à qual os educadores do Rio de Janeiro têm sido vítimas soma-se à falta do diálogo efetivo e necessário. Esses tristes episódios de agressão nos levam a reafirmar que o modelo de segurança pública adotado por vários estados de nosso país continua obsoleto – não acompanhou as transformações ocorridas no Brasil e do mundo nos últimos 50 anos”, diz a nota. “Os profissionais da rede municipal de ensino reivindicam reajuste de 19%, plano de carreira unificado, entre outros pontos. Os da rede estadual, dentre as principais reivindicações estão reposição de 20% e plano de carreira unificado, com paridade para aposentados”, acrescenta.

No comunicado da OAB, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da ordem, Wadih Damous, reitera a crítica, ao afirmar que a violência policial no Rio de Janeiro ultrapassou "todos os limites". "O uso da força está sendo praticado de forma desmedida e desproporcional e os nossos professores, que já são tão sofridos, não merecem apanhar em praça pública só porque reivindicam melhores condições de trabalho", diz Damous.
A moção de repúdio da OAB denuncia que até advogados, no exercício profissional, têm sofrido com a violência profissional. “O diálogo ainda é a melhor solução. Os policiais não são jagunços. O papel da polícia é proteger a sociedade”, afirma a entidade.
Com informações da CUT e da Agência EFE.
Fonte:redebrasilatual

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