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28 de dezembro de 2013

Já Imaginou um Pássaro Venenoso? Pois é, ele existe

 
Quando pensamos em animais peçonhentos, geralmente pensamos em cobras, aranhas, ou até mesmo sapos venenosos. Mas quem diria que um belo pássaro preto e laranja fosse venenoso?

Se você perguntar aos habitantes de Papua Nova Guiné, eles rapidamente te diriam para ficar longe dos "Pihohui Encapuzado".

Em 1989, John Dumbacher, presidente e assistente curador do Departamento de Ornitologia e Mamalogia da Academia de Ciências da Califórnia, viajou para Papua Nova Guiné para realizar uma pesquisa sobre o pássaro Raggiana do paraíso. Eles estavam usando redes para capturar os pássaros, porém também capturaram pássaros de outras espécies.

Dumbacher descreveu a primeira vez que teve contato com um dos pitohui encapuzado dizendo:

"Eu estava em Papua Nova Guiné, com uma equipe para estudar o Raggiana do paraíso. Tivemos muitas redes espalhadas pela floresta, mas pegamos muitas oturas aves também. Um dia vários pitohuis encapuzados estavam em uma rede.

Estas são aves de grande porte que podem cortar as mãos, e enquanto eu tentava libertá-los, eles morderam e arranharam as minhas mãos. Ao levar os dedos na boca para limpar o corte, comecei a sentir os lábios e a língua começar a formigar e queimar. Depois que isso aconteceu com um de nossos voluntários, nós nos perguntamos se o pássaro poderia ser a fonte desta queimação. Na próxima vez que capturamos outro pitohui, nós lambemos sua pena, e havia a mesma sensação de queimação e formigamento de antes. Quando perguntamos aos guias locais, todos eles sabiam sobre a ave"

Após uma investigação mais aprofundada, eles descobriram que esses pássaros contêm uma toxina conhecida como batracotoxina. A mesma toxina encontrada em sapos venenosos. Ela está geralmente por todo tecido do pássaro, e pode causar paralisia muscular e até mesmo morte.

Como eles estudaram a quantidade de toxina no pitohui encapuzado, eles descobriram que o grau de toxicidade varia de ave para ave. Estudos adicionais revelaram que as aves desenvolveram seus corpos toxios alimentando-se de besouros melyrid, que contêm a batracotoxina. Mas o que os cientistas ainda precisam descobrir é como os pássaros não são afetados pela toxina, especialmente porque algumas aves contêm uma dose muito forte em seus tecidos.

Dumbacher e outros ainda precisam fornecer uma explicação evolutiva para a forma de como o pitohui encapuzado desenvolve a capacidade de comer os besouros tóxicos sem envenenar a si próprio. Ele explica:

"Estas toxinas envenenaria a maioria das outras aves, então primeiro você teria que evoluir alguma resistência à toxina. Além disso, a maioria das aves tem outras defesas, como por exemplo voar para poder fugir de seus predadores. Se você fosse, por exemplo, um sapo indefeso, pode haver mais pressão para chegar a defesas alternativas."

Se você acredita na evolução, você tem que se perguntar quantas dessas aves morreram comendo os besouros tóxicos antes de, eventualmente, evoluir uma imunidade a ele.

De uma coisa é certa, o pitohui não existe no Brasil, então não precisamos nos preocupar tanto com sua toxina. Porém, temos um candidato muito odiado, a pomba! Principalmente odiado pelas pessoas que eventualmente deixam o seu carro ao ar livre. Como diria Mamonas Assassinas "Já tem pomba com mira a laser, o tiro sai sempre fatal".
Fonte:FatosDesconhecidos

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