Elisa Rodrigues/Futura Press / Empresas de Eike têm futuro incerto |
Empresa de construção naval garante que cumpriu
acordo judicial; Justiça dará prazo maior para comprovação de
cumprimento e escola de cursos não responde se foram realizados.Depois
da OGX pedir recuperação judicial na última quarta-feira (30), a
empresa de construção naval OSX, dependente de encomendas da petroleira,
também já anunciou que poderá utilizar o mesmo recurso.
Em meio à enxurrada de más notícias para o
Grupo EBX e seu controlador, o empresário Eike Batista, a empresa ainda
tem de se preocupar em oferecer cursinhos profissionalizantes.
Esta ação faz parte de um acordo judicial firmado com o
Ministério Público do Trabalho (MPT) no dia 30 de julho, após a demissão
de cerca de 300 trabalhadores do estaleiro no Porto de Açu, no Rio de
Janeiro, sem nenhuma negociação coletiva prévia.
Isso porque as obras do estaleiro foram adiadas após a empresa anunciar um plano de reestruturação
.
A pedido do MPT, em 17 de junho, a juíza da primeira Vara
do Trabalho da região concedeu liminar, ao considerar “a gravidade da
situação social”, ordenando a reintegração de todos os trabalhadores
.
Na época, a empresa não reconheceu a existência de dano
moral coletivo com as demissões e comprometeu-se, em conciliação, a
oferecer cursos para a mesma quantidade de trabalhadores sem
qualificação específica, residentes na região de Campos, São João da
Barra e municípios contíguos.
Além disso, deveria divulgar a existência das vagas e os
procedimentos de inscrição em jornais de grande circulação da região,
bem como por rádio, durante 15 dias antes do início das inscrições.
De acordo com a sentença, a OSX teria até 30 de outubro
para dar início aos cursos que fazem parte dos acordos firmados e, caso
não conseguisse um ente educacional, deveria comunicar ao MPT.
Em nota, a OSX afirma que os cursos foram iniciados em
outubro, conforme previsto no acordo. A Justiça prevê mais 30 dias para
comprovar se a empresa cumpriu o acordo. Procurado, o Serviço Social do
Transporte (Sest)/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(Senat) de Campos de Goytacazes não respondeu à reportagem.
Caso seja comprovado que não cumpriu o acordo, inclusive
relacionados a prazos, a empresa poderá ser multada em valor idêntico ao
dos cursos ofertados, acrescido de 30%.
Fonte:IG
Fonte:IG
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