Avanços na genética
têm permitido sequenciar o genoma de animais extintos para trazê-los à
vida novamente por clonagem. Mas é preciso um fóssil preservado para
extrair DNA e uma espécie atual semelhante para a gestação. Abaixo, oito
propostas inusitadas.
Tigre Dente de Sabre
Com dentes
caninos superiores que chegavam a medir até 20 centímetros, o Smilodon,
popularmente conhecido como Dente de Sabre, era um felino poderoso, que
viveu a mais de 10 mil anos atrás. Mais robusto que os leões, esse
mamífero conseguia abater um mamute inteiro com suas mandíbulas que se
abriam num ângulo de 95 graus. Uma mordida bem dada podia levar sua
presa a sangrar até a morte. Fósseis bem preservados da espécie foram
encontrados no sítio arqueológico de La Brea Tar Pits, em Los Angeles,
nos EUA, de onde é possível extrair informação genética.Moa
Semelhantes ao
avestruzes e emas, as Moas foram algumas das maiores aves que andaram
pelo planeta, chegando a medir 3.6 metros de altura e pesar 230 quilos.
Nativa da Nova Zelândia, elas viram seu habitat declinar com a
colonização europeia e sua população reduzir até à extinção, há 600
anos, pela caça indiscriminada. Por ter desaparecido há pouco tempo,
suas penas e ovos ainda podem ser encontrados relativamente intactos em
fósseis. Pesquisadores também já extraíram seu DNA de cascas de ovos
antigos para teste em projetos de clonagem. Mamute Peludo
Em 2011, um
grupo de cientistas da Universidade de Kyoto anunciou suas intenções de
clonar, num período de cinco anos, um exemplar do mamute peludo, extinto
na última Era glacial, há mais de 11 mil anos. Para simplificar o
processo, há a possibilidade de usar um elefante de hoje para dar a luz
ao animal pré-histórico. Não falta informação genética sobre os mamutes.
Em 2008, pesquisadores americanos conseguiram o feito inédito de
sequenciar o DNA do mamífero a partir de pelos fossilizados encontrados
no gelo siberiano. Mais recentemente, em abril de 2012, foi encontrado
na mesma região uma carcaça inteira muito bem preservada de um mamute
juvenil, morto há 10 mil anos.Preguiça Gigante
Outro bom
candidato para a ressurreição é a preguiça gigante, que andou sobre a
Terra há mais de 8 mil anos. Amostras de DNA já foram extraídas de
restos de pelo intacto do animal, encontrados em sítios arquelógicos
pelo mundo. O problema é achar uma mãe de aluguel que aguente carregar
um bebê-clone deste mamífero de força descomunal com seus 4 metros de
altura e 4 toneladas. Minúsculo, seu parente mais recente, o
bicho-preguiça, não pode dar conta do recado. A esperança dos cientistas
é um dia desenvolver o feto de uma preguiça gigante em um útero
artificial.Lobo da Tasmânia
Nativa do
Austrália e Nova Guiné, o Lobo da Tasmânia é considerado o maior
marsupial conhecido dos tempos modernos. Ele foi extinto em torno de
1930, em grande medida pela ação indiscriminada de caçadores. Pelo fato
de ter sumido há tão pouco tempo, muitos espécimes mantém-se preservados
em museus mundo a fora. Pesquisadores americanos e australianos já
planejam cloná-lo para reintroduzir o animal na natureza. Eles extraíram
trechos do DNA de tecido do animal com mais de um século. Depois, eles
inseriram essa informação genética - que consistia num regulador de
cartilagem - em camundongos. No experimento, os genes se expressaram com
sucesso.Rinoceronte Peludo
Os mamutes não
são os únicos mamíferos gigantes do período gelado do Pleistoceno na
lista da ressurreição. Outro mega herbívoro é o Rinoceronte peludo,
extinto há mais de 10 mil anos. Por ter vivido na tundra glaciar, vira e
mexe partes do espécime são encontradas congeladas e bem preservadas,
de onde se pode extrair DNA.Dodo
Dodo foi um
pássaro endêmico das ilhas Maurícios, no Pacífico, que desapareceu em
apenas 80 anos desde que foi descoberto por europeus, por volta do ano
1600. Por não ter predadores na ilha e conseguir alimentos em
abundância, o Dodo perdeu a habilidade de voar e vivia tranquilo no
nível do solo, tornando-se presa fácil para o homem. Os cientistas estão
em busca de DNA suficiente para criar um clone que poderia ser
implantado nos ovos de pombos, seu parente moderno. Amostras de DNA
foram recentemente recuperadas de espcimes abrigados no Museu de
História Natural da Universidade de Oxford.Huia
Nativa da Nova
Zelândia, essa ave de plumagem preta, com a ponta das asas e cauda
branca, e papos laterais de cor laranja foi extinta no início do século
XX. O último registro visual confirmado ocorreu em 1907. As fêmeas
possuíam bicos longos e curvados enquanto nos machos era curto. Desde
2000, cientistas do país tentam clonar o pássaro.
Aqui: Planeta Sustentável
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