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24 de outubro de 2012

STF inocenta todos os sete réus empatados ministros que absolveram não participam de dosimetria.

STF/Nelson Jr.
Ayres Britto colocou a decisão pela não-culpabilidade para os colegas analisarem
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, iniciou a sessão desta terça-feira, dia 23, do julgamento do mensalão analisando o caso de empate de sete réus. Ayres Britto defendeu que nesta situação, o empate favorece o acusado e decide pela absolvição.
Ao analisarem a argumentação do presidente, o relator do processo, Joaquim Barbosa, e Celso de Mello se posicionaram favoráveis a absolvição. Gilmar Mendes e o revisor, Ricardo Lewandowski, também defenderam o princípio da não-culpabilidade para inocentar os réus.
O único ministro que se posicionou contra foi Marco Aurélio Mello, que defendeu que, em caso de empate, deve-se prevalecer o voto de Ayres Britto.
Após a analise foram absolvidos Valdemar Costa Neto (PR-SP), o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, e o atual vice-presidente do Banco Rural Vinícius Samarane, por formação de quadrilha; o ex-deputado José Borba (PMDB-PA), o ex-minsitro Anderson Adauto e os ex-deputados Paulo Rocha (PT-PA) e João Magno (PT-MG), por lavagem de dinheiro.

Dosimetria da pena dos condenados
Antes de realizar a dosimetria - cálculo da pena dos réus condenados -, os magistrados decidiram que os ministros que absolveram os acusados não deveriam participar da análise. Apenas Dias Toffoli, Gilmar Mendes e o presidente Carlos Ayres Britto defenderam que todos os integrantes deveriam estipular a pena.
"Quem absolve não deve participar da dosimetria (...) Se o juiz acha que não houve crime, como ele vai se posicionar sobre as agravantes e as atenunantes?", questionou Lewandowski.
 Após a decisão, Barbosa decidiu fazer a dosimetria fatiada em "réu por réu, crime por crime", da mesma forma que foi feito o julgamento e iniciou a análise da pena do publicitário Marcos Valério.
Da Redação:Pop

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