Em 23 de outubro de 1906, pela primeira vez, o homem voou com um
aparelho mais pesado que o ar e que se projetava à atmosfera por meios
próprios. Foi o voo bem sucedido de Santos Dumont e seu 14-Bis em Paris.
E, para comemorar o Dia da Aviação, o TechTudo destacou alguns dos projetos revolucionários do setor para as próximas décadas.
Já se passaram 106 anos e, hoje, aviões de tecido com motores de 50
cavalos de potência são curiosidades para museus. A engenharia
aeronáutica investe em tecnologias que devem moldar de maneira
definitiva o formato, o combustível, os componentes e toda a estrutura
das aeronaves do futuro.
A colheitadeira voadoraNo interior das asas giram paletas que dão sustentação e velocidade ao avião |
O design básico dos aviões não mudou muito nesses pouco mais de cem
anos. Basicamente, um cilindro cruzado por asas resume o desenho de um
avião comum.
Mas há um projeto que promete acabar com esse paradigma. É o FanWing: um avião em que o motor é central, na fuselagem.
Sem hélice ou turbina, a propulsão do avião vem do movimento das
paletas de um grande ventilador, dispostas na transversal, no interior
das asas. Difícil de entender? Imagine as asas como uma enorme, e leve,
colheitadeira.
Marinha norte-americana testa avião autônomoAvião não-tripulado pode roubar a cena em diversas aplicações (Foto: Reprodução) |
O drone, um avião autônomo, é uma meta exaustivamente perseguida pelas
forças aéreas do mundo todo. A ideia é poupar custos em todas as
frentes: energético, de material e humano. A marinha dos Estados Unidos é
uma das forças dessa vanguarda com seu X-47B. O avião não-tripulado foi
concebido para missões de reconhecimento e até de combate.
No futuro, as tecnologias desenvolvidas para uso militar podem acabar
em aviões civis. São aeronaves não-tripuladas de monitoramento de
condições ambientais, voo e resgate em locais de difícil acesso ou que
tenham sido cenários de desastres nucleares, na difusão de agrotóxicos
em plantações e no policiamento de grandes cidades. Tudo a custos mais
baixos, menor consumo de energia e sem o risco para vidas humanas.
Airbus pode ter avião transparente em 2050Avião transparente oferecerá visões deslumbrantes (Foto: Reprodução) |
Quem gosta de voar e disputa a janelinha terá uma boa notícia: a Airbus
estima que em 2050 terá um modelo de aeronave transparente.
A ideia é deslumbrar os passageiros com os visuais de um voo em grande
altitudes, projetar informações nas paredes transparentes.
Assim será promovido um novo tipo de interação entre aeronave, passageiro e a viagem.
Com asas longas, o avião fica mais fácil de manobrar (Foto: Reprodução) |
A ideia é criar um novo tipo de design de aeronave que permita a um
mesmo avião viajar com velocidades maiores que a da propagação do som e,
também, a frações dessa velocidade. Tudo privilegiando economia e
eficiência.
Aí nasce SBiDir-FW, pensado por técnicos da Universidade de Miami. Em
resumo, o projeto prevê um avião que mude sua relação de comprimento por
largura quando necessário.
Com as asas curtas, ele teria menos arrasto, e atingiria velocidade
supersônicas. Com a posição onde as asas superam o comprimento, o avião
seria mais manobrável e fácil de decolar e pousar.
Aviões elétricos podem ser o futuro
Parece mais um submarino albino e com asas,
mas é o VoltAir: o avião elétrico (Foto: Divulgação) |
O grande problema de se fazer um avião voar com eletricidade é a
limitada quantidade de energia que pode ser armazenada em baterias. Mas,
no futuro, tecnologias mais evoluídas podem resolver o problema gerando
eletricidade a partir de fontes inusitadas.
Essa é a proposta do conceito VoltAir, da European Aeronautic Defence
and Space Company. A estimativa da companhia é que baterias de
altíssima capacidade, motores elétricos mais eficientes e um conjunto de
sistemas que recuperem e gerem energia a partir de fenômenos naturais
estejam desenvolvidos o suficiente para que um avião como o VoltAir seja
possível em 2035.
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